O espetáculo promete ser impassível de erros. E mesmo com algumas cordas embolando nos pés, uns passos dessincronizados ou uma acrobacia fora do tempo, aquilo ali ainda fica muito além do que eu julgava ser a capacidade humana. E incrível como consegue ser encantador do começo ao fim.Enquanto os olhos tentam acompanhar cada movimento, é impossível não perguntar: “ Como será que eles conseguem fazer isso?”
Da menininha perdida no mundo encantado ao palhaço que não precisa de nariz vermelho e maquiagem branca, é tudo surreal. E meio inquietante às vezes. Segundo o roteiro, a proposta é mesmo essa: “ encontre- se com o maravilhoso, inquietante e aterrador..”. Cada número, chegava a desconcertar. Como os acrobatas que dispensavam a cama elástica aos pés, ou o casal contorcionista que usou o corpo de um modo que eu, ainda não imaginava possível.
Tentei entender porque os circos que tinha ido antes não me deslumbravam tanto. Eis a conclusão: O Circo do Sol não precisa de jaulas, cartolas, chicotes ou muitas plumas.Os artistas não precisam estar em cima de motos, domando leões ou tirando moeda da orelha de garotinhos.Basta a sua capacidade, o seu talento e o completo domínio dos seus movimentos.Ah, seria injusto não incluir na observação a iluminação e o figurino, que são também impecáveis. Essenciais pra compor aquele quadro perfeito.
“Assistir a um espetáculo do Cirque de Soleil” deveria ser mais um dos tópicos a serem incluídos na lista de “Coisas a se fazer antes de morrer”, que todo mundo já fez ou pensa em fazer. Surreal, foi a melhor palavra que eu consegui usar pra definir.
Aquilo lá, não tem preço
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