sábado, 27 de setembro de 2008

Pote?

Tantas vezes tentei reviver o que passou.Quis fechar os olhos e sentir o gosto, o cheiro, o frio.Quis abrí-los e ver a paisagem.Imaginei...se tudo coubesse em um pote? Dentro do pote: a música, a letra, a dança,a imagem, o sorriso, a dúvida e o que faz ter e fazer o bem.Tinha que caber os momentos que a gente não suportaria perder..são tantos.Que caiba toda dor (esta pela certeza de ficar ali, presa), que caiba as pessoas que eu nunca vou deixar de amar.
Depois abriria quando eu quisesse, onde quisesse e se eu quisesse.Por fim, eu nunca tive o pote em minhas mãos.Então, fechei os olhos...respirei. Tá ali, guardado.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

D.ela

Sempre a vi livre.Nunca dentro de um carro,nunca atrás de um portão, nunca de mãos dadas com alguém.Tudo que presenciava, se tornava nitidamente mais suave.O chão encaixava seus pés e o ar queria conduzir o movimento quase hipnotizante dos cabelos. Ia e vinha, mas parecia nunca sair do lugar.Tudo fazia questão de se adequar àquele ritmo inconstante .E podia ser música...paisagem, letra.Mas era ela, cabia nela, tudo aquilo?Ah, sempre foi dela.